Vindo destas chamas. Luz não, mas visíveis trevas entretanto. Que servem apenas para salientar visões de espanto. Regiões de mágoa. Lúgubres sombras cuja paz e o descanso nunca podem atingir, esperança que nunca virá. Como a todos vem.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Marais d'Tarascon
Dia 05:
Sob o preludio de uma grande tempestade, rumamos para a pequena vila de Marais d'Tarascon. Não mais que 400 pessoas devem viver aqui. Logo na entrada, uma estranha procissão levava um esquife preso a correntes em direção ao um templo dentro da vila. O povo seguia cabisbaixo um sacerdote que conduzia a cerimônia. Jeremias D'Griss era o falecido. Seguimos de perto, Victor, Algerith e eu, os demais foram procurar um taverna ou hospedaria. De estranho a aterrador foi o que aconteceu nesta cerimonia. Não sei o que era pior, os solavancos que o esquife dava, a calma do Sacerdote, que mais tarde identificaria como Shaman Brucian, ou a calma e inatividade da população que parecia não ver o que acontecia. Victor usou de suas artes, clareando um pouco o problema, um morto vivo estava no esquife. Mas por que enterrá-lo? Por que não destrui-lo?
Escrito por Astan Dolucan.
Dia 05 (na hospedaria):
O povo do local parece desanimado, e com certeza são inóspitos e xenofóbicos. Com muito cuidado aprendi algo sobre a vila e sobre nosso "futuro" previsto pela Vistani. Katha, a jovem e tagarela atendente da hospedaria Lua Cheia falou, e nos contou da morte de Jeremias D'Griss e também de François, outro vilarenho. Disse dos desaparecimentos e das mortes sem explicação. Parece que pessoas antes saudáveis morrem de repente, do nada. Já são 8 os mortos dessa forma, sem contar Marcel Tarascon, que morreu primeiro, mas ninguém sabe como, se da mesma forma ou não. Para piorar, 3 assassinados e 3 desaparecidos. Crianças e mulheres. Estariam relacionados os desaparecimentos e os assassinatos? Teriam a ver com as mortes repentinas?
Conversei também com D'Luque, um comerciante de Port D'Ettour, mas ele pouco sabia. Somente que assim que passar a tempestade vindoura, planeja sair de Marais d'Tarascon. "Isso se a chuva não se tornar sangue", pensei eu.
Escrito por Anastasia Romanov.
Dia 06 (por volta do meio dia):
Após várias conversas com as pessoas locais, principalmente com o Sr Gremim, que é o xerife da vila, chegamos a importantes constatações:
- Dos três desaparecidos, dois trabalhavam nas terras dos Tarascon, e sumiram por lá.
- Sempre no local dos assassinatos foi encontrado um pouco de alcaçuz. Talvez devêssemos ir à padaria local e verificar.
- O irmão mais velho de Luc (que continua conosco) e Marcel (morto há três semanas, e ainda não sabemos como), que se chama Jean Tarascon é o atual dono das terras, e não foi ouvido sobre os desaparecimentos. Por aí devemos agir, vamos em suas terras hoje a tarde.
Luc continua a falar frases sem sentido.
Escrito por Marshi Blak (últimos escritos do herói)
Dia 06 (à noite, antes do odor da morte):
Minhas mãos tremem enquanto escrevo essas palavras. Mal tenho coragem de descrever os horrores que enfrentamos nas terras dos Tarascon. Fomos em busca de Jean Tarascon. Suas plantações mostravam falta de cuidado, assim como a casa grande.
Fechada, com pesadas cortinas a ocultar o que pudesse estar dentro da casa. Nos dividimos para encontrar uma entrada. E então... Como descrever? Mal posso ver outras pessoas comendo, que meu estomago se contorce em repulsa! Mas foi assim: Espiando por uma janela empoeirada, vimos quando três empregados se preparavam para servir um almoço. Grandes bandejas de metal escondiam a refeição, e o vidro embaçado nos impedia de perceber as suas reais feições. Foi quando um deles retirou a bandeja principal. Ah, se pudesse arrancar meus olhos antes de tal visão!!! Pedaços de um corpo humano!! Pernas, braços, cabeça... Uma jovem, bela, inocente! Uma guerra não é tão violenta!! Já vi coisas terríveis serem perpetradas por homens e bestas, mas aquilo não era desse mundo, eram mortos se alimentando dos vivos. Tomado de um terror horrendo, fui incapaz de reagir. O medo me dominou e fugi! Houve batalha, escutei os gritos, os golpes, os sons de carne pútrida sendo partida, mas fui inútil nessa batalha. Meus membros não obedeciam. Creio que nunca vou esquecer tal cena! Mas vencemos. A volta foi triste, pois descobrimos o paradeiro dos três desaparecidos, haviam se tornado as criaturas, comedoras de carne humana. Os assassinados estavam lá, prontos para servir de refeição. Não sei como o tal Jean Tarascon está envolvido nisso, se ele foi o causador ou se mais uma vítima, pois ainda não o encontramos, vivo ou morto, mas se ele for o responsável, ah, ele vai pagar.
Astan acaba de sair para passar a noite com Shaman Brucian no templo, velando os corpos. Estamos na hospedaria, ainda sorvendo os acontecimentos. Que cheiro estranho!!!
Escrito por Crow Kane.
Dia 06 (à noite):
Um cheiro de morte! Anastasia entrou no quarto desesperada, dizendo inconsistências sobre doença, desmaio, e preocupação com Luc, nosso perdido! Desci as escadas, sem estar devidamente preparado para o que viria, estava sem magias preparadas! Mas nada me prepararia para o que viria: o elfo tossia sangue e vomitava, amparado pelo guerreiro Kane. D'Luque, o comerciante não estava, já havia se retirado, Gremim num canto, Algeryth no outro, mal pude ver como estavam, porque Marshi... seu corpo se contorcia em espasmo no chão! De repente parou, e se ergueu! Mas não para o mundo dos vivos!!!!
Escrito por Victor.
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