quinta-feira, 18 de abril de 2013

Os pântanos de Souraigne.

Diário de Aventuras.

Dia 01:
Presos na névoa, vagamos por um dia inteiro. No fim do dia nos descobrimos em um malcheiroso pântano. A névoa baixou e por alguma força maligna nos retirou do alto mar e nos colocou neste estranho charco.
A noite, enquanto buscávamos uma ilha de terra grande o suficiente para servir de acampamento, um enorme crocodilo atacou a jangada. O ranger elfo usou de suas habilidades e acalmou a fera, mas não antes de um dos nosso perder sua espada nas águas escuras do pântano. Perdemos horas procurando a espada perdida, mas por fim ela foi recuperada.

Dia 02:
Durante o dia o pântano é traiçoeiro e cheio de poças e atoleiros. As horas passam devagar e o dia é cinza. Um grande tempestade promete afogar o mundo inteiro, assim que cair. Por enquanto, somente nuvens negras se acumulando, quando cair vai ser uma enorme tormenta.
O cair da tarde nos trouxe outra surpresa. A elfa ladina ouviu algo na água, e nosso clérigo usou seu escudo para causar ruído e espantar o que quer que seja que estava nos seguindo. Eram sapos gigantes, criaturas grotescas, pelo jeito famintas. Estragada sua surpresa, conseguimos levar a luta até eles, sem maiores problemas (a não ser pelo belo tombo que nosso experiente mago levou). Os ferimentos foram cuidados pelo clérigo. Continuamos perdidos no maldito pântano.

Dia 03:
Mais um dia de viagem a ermo pelo pântano. A tempestade continua a nos assombrar, mas ainda não mostra sinais de que vá cair. Ao anoitecer, a primeira notícia de que estamos em terreno habitado. Avistamos as luzes da fogueira de um Vardo (acampamento cigano). Nos aproximamos.
"Venham e compartilhem nosso fogo", disse um velho e caolho vistani. "Mais tarde podemos lera sorte"!
Descobrimos estar nos pântanos de Souraigne, próximos à vila de Marais d'Tarascon. O lugar parece ser evitado pelos ciganos, que se recusaram a falar sobre ele. "Falar do mal é convidá-lo para o jantar."
Eram 7 ciganos, 3 crianças, o velho que nos recebeu, uma velha mulher, um jovem e Valana, uma bela e jovem vistani, que se dispôs a ver nossa sorte.
"Tudo começou quando joguei as runas para o jovem garoto. Espero que termine com essa nova jogada."
Então ela jogou as runas e nos falou, como se sua voz viesse de outra pessoa. Serena e austera.
"O Perdido chamou por vocês! Os mortos caminharão com a tempestade vindoura, e vocês devem  encontrar um modo fazê-los descansar. Se não puderem, a chuva se tornará sangue e afogará vocês e todos de Marais D'Tarascon!" Nisso os ciganos se levantaram e fecharam-se em sua carroça.
"Cuidado com o louco! Cuidado com o de seu sangue!"
Na manhã, haviam partido. Estávamos sós no pântano novamente.

Dia 04:
O dia mais estranho. No inicio da tarde, seguindo o caminho indicado pelos ciganos, nos deparamos com um cabana isolada. Dentro dela um jovem totalmente alienado, perdido. Não responde a perguntas ou estímulos. Seus únicos pertences: um pequeno livro de poesias infantis, que nos deu uma pista de quem ele pode ser, pois na sua contra-capa havia uma dedicatória "Para meu amado irmão, Luc. Assinado Marcel"; e dezenas de lanternas. Deixamos a cabana, e pra nossa surpresa, o jovem nos acompanhou. Ainda perdido, murmurava frases sem sentido "O mal descerá quando os seis estiverem à mão".
No fim da tarde, conseguimos por fim, sair do maldito pântano. Ao longe, as luzes de uma pequena vila. Abandonamos nossa jangada e caminhamos em direção à vila de Marais D'Tarascon, com Luc logo atrás. Trovões soaram e um relâmpago cortou o céu. A tempestade se aproxima!

Escrito por Algeryth, elfo ranger.

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