Diário de Aventuras.
Dia 01:
Presos na névoa, vagamos por um dia inteiro. No fim do dia nos descobrimos em um malcheiroso pântano. A névoa baixou e por alguma força maligna nos retirou do alto mar e nos colocou neste estranho charco.
A noite, enquanto buscávamos uma ilha de terra grande o suficiente para servir de acampamento, um enorme crocodilo atacou a jangada. O ranger elfo usou de suas habilidades e acalmou a fera, mas não antes de um dos nosso perder sua espada nas águas escuras do pântano. Perdemos horas procurando a espada perdida, mas por fim ela foi recuperada.
Dia 02:
Durante o dia o pântano é traiçoeiro e cheio de poças e atoleiros. As horas passam devagar e o dia é cinza. Um grande tempestade promete afogar o mundo inteiro, assim que cair. Por enquanto, somente nuvens negras se acumulando, quando cair vai ser uma enorme tormenta.
O cair da tarde nos trouxe outra surpresa. A elfa ladina ouviu algo na água, e nosso clérigo usou seu escudo para causar ruído e espantar o que quer que seja que estava nos seguindo. Eram sapos gigantes, criaturas grotescas, pelo jeito famintas. Estragada sua surpresa, conseguimos levar a luta até eles, sem maiores problemas (a não ser pelo belo tombo que nosso experiente mago levou). Os ferimentos foram cuidados pelo clérigo. Continuamos perdidos no maldito pântano.
Dia 03:
Mais um dia de viagem a ermo pelo pântano. A tempestade continua a nos assombrar, mas ainda não mostra sinais de que vá cair. Ao anoitecer, a primeira notícia de que estamos em terreno habitado. Avistamos as luzes da fogueira de um Vardo (acampamento cigano). Nos aproximamos.
"Venham e compartilhem nosso fogo", disse um velho e caolho vistani. "Mais tarde podemos lera sorte"!
Descobrimos estar nos pântanos de Souraigne, próximos à vila de Marais d'Tarascon. O lugar parece ser evitado pelos ciganos, que se recusaram a falar sobre ele. "Falar do mal é convidá-lo para o jantar."
Eram 7 ciganos, 3 crianças, o velho que nos recebeu, uma velha mulher, um jovem e Valana, uma bela e jovem vistani, que se dispôs a ver nossa sorte.
"Tudo começou quando joguei as runas para o jovem garoto. Espero que termine com essa nova jogada."
Então ela jogou as runas e nos falou, como se sua voz viesse de outra pessoa. Serena e austera.
"O Perdido chamou por vocês! Os mortos caminharão com a tempestade vindoura, e vocês devem encontrar um modo fazê-los descansar. Se não puderem, a chuva se tornará sangue e afogará vocês e todos de Marais D'Tarascon!" Nisso os ciganos se levantaram e fecharam-se em sua carroça.
"Cuidado com o louco! Cuidado com o de seu sangue!"
Na manhã, haviam partido. Estávamos sós no pântano novamente.
Dia 04:
O dia mais estranho. No inicio da tarde, seguindo o caminho indicado pelos ciganos, nos deparamos com um cabana isolada. Dentro dela um jovem totalmente alienado, perdido. Não responde a perguntas ou estímulos. Seus únicos pertences: um pequeno livro de poesias infantis, que nos deu uma pista de quem ele pode ser, pois na sua contra-capa havia uma dedicatória "Para meu amado irmão, Luc. Assinado Marcel"; e dezenas de lanternas. Deixamos a cabana, e pra nossa surpresa, o jovem nos acompanhou. Ainda perdido, murmurava frases sem sentido "O mal descerá quando os seis estiverem à mão".
No fim da tarde, conseguimos por fim, sair do maldito pântano. Ao longe, as luzes de uma pequena vila. Abandonamos nossa jangada e caminhamos em direção à vila de Marais D'Tarascon, com Luc logo atrás. Trovões soaram e um relâmpago cortou o céu. A tempestade se aproxima!
Escrito por Algeryth, elfo ranger.
Vindo destas chamas. Luz não, mas visíveis trevas entretanto. Que servem apenas para salientar visões de espanto. Regiões de mágoa. Lúgubres sombras cuja paz e o descanso nunca podem atingir, esperança que nunca virá. Como a todos vem.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Bem-vindos à terra da névoa
"Poucos se atrevem. Poucos estão dispostos. Poucos tem a força necessária. Poucos tem o coração preparado. Poucos sobrevivem!!!"
Um mundo de terror, de maldades terríveis e acontecimentos macabros. Terras governadas por maníacos, assassinos e monstros. Um povo simples envolvido em temas que não podem sequer tentar compreender, vítimas dos poderes negros que governam. Existe lugar melhor para heróis??
Diário de aventuras:
A noite iniciou tranquila, o vento tocava a grande caravela em direção norte. Em dois dias chegaríamos ao nosso destino. Mas no meio da noite, na hora mais sombria, tudo mudou!
Uma tempestade como nunca havia visto arrebatou-nos de surpresa, como se fosse a conjuração maligna de algum deus trapaceiro. Em poucos minutos todos estavam acordados, se agarrando como podiam, e de repente tudo era uma confusão de água, frio, gritos e escuridão.
Clarões dos relâmpagos era tudo que conseguia discernir em meio ao caos e terror que se seguiu, corpos afundando, a água gelada, os gritos. Agarrei-me a um destroço, jogando meu corpo por sobre a madeira, fugindo da água entorpecente, minutos, horas!
O dia amanheceu cinza, o mar, agora calmo, mostrava os sinais do naufrágio, corpos flutuando, madeira, barris. Vi movimento! Alguns poucos, como eu, haviam conseguido sobreviver. Juntos montamos uma precária jangada, e rezamos para que alguém nos encontrasse. Algo nos encontrou.
Uma névoa estranha, imóvel, impenetrável. O sons cessaram, os cheiros cessaram, era apenas nossa respiração e a névoa pairando.
Escrito por Algeryth, elfo ranger.
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